6 de abr. de 2013

LISTA DE PREÇO DE MEDICAMENTOS


MEDICAMENTO / CORRELATO APRESENTAÇÃO UNIDADE DE CADASTRO

PREÇO DE DISPENSAÇÃO                                     (R$)


Acetato de medroxiprogesterona 150 mg/ml Ampola 1,24

Aciclovir 200mg/comp. Comprimido 0,28

Ácido Acetilsalicílico 500mg/comp. Comprimido 0,035

Ácido Acetilsalicílico 100mg/comp. Comprimido 0,03

Ácido Fólico 5mg/comp. Comprimido 0,054

Albendazol 400mg/comp. mastigável Comprimido 0,56

Alendronato de Sódio 70 mg/comp. Comprimido 0,37

Alopurinol 100mg/comp. Comprimido 0,08

Amiodarona 200mg/comp. Comprimido 0,2

Amitriptilina(Cloridrato) 25mg/comp. Comprimido 0,22

Amoxicilina 500mg/cáps. Cápsula 0,19

Amoxicilina 250mg/5ml/pó p/susp. oral Frasco 60 ml 1,96

Amoxicilina 250mg/5ml/pó p/susp. oral Frasco 150 ml 4,9

Azatioprina 50mg/comp. Comprimido 1,4

Azitromicina 500mg/comp. Comprimido 2,64

Benzilpenicilina Benzatina 1.200.000ui/pó p/sus. inj. Frasco-ampola 1,5

Benzilpenicilina Procaína+Potássica 300.000+100.000ui/pó/sus. inj. Frasco-ampola 1,5

Benzoato de Benzila 200mg/ml/emulsão Frasco 100 ml 1,4

Benzoato de Benzila 200mg/ml/emulsão Frasco 60 ml 1,1

Biperideno 2mg/comp. Comprimido 0,073

Brometo de n-butilescopolamina 10 mg/frasco frasco de 20 ml 3,9

Carbamazepina 200mg/comp. Comprimido 0,13

Carbidopa + Levodopa 25mg + 250mg/comp. Comprimido 0,48

Cefalexina(Cloridrato ou Sal Sódico) 500mg/cáps. Cápsula 0,4

Cefalexina(Cloridrato ou Sal Sódico) 250mg/5ml/susp. oral Frasco 60 ml 4,96

Cefalexina(Cloridrato ou Sal Sódico) 250mg/5ml/susp. oral Frasco 125 ml 10

Cetoconazol 200mg/comp. Comprimido 0,23

Ciprofloxacino 500mg/comp. Comprimido 0,38

Clonazepam 2mg/comp Comprimido 0,06

Cloreto de Potássio 60mg/ml/xpe. Frasco 100 ml 1,88

Cloreto de Sódio 0,9% 9mg/ml/sol. nasal Frasco 0,95

Clorpromazina 25mg/comp. Comprimido 0,1

Clorpromazina 100mg/comp. Comprimido 0,125

Dexametazona Crem.0,1% Tubo 1

Dexclorfeniramina(Maleato) 2mg/comp. Comprimido 0,06

Dexclorfeniramina(Maleato) 0,4mg/sol. Oral Frasco 120 ml 2,07

Diazepam 5mg/comp.sulcado Comprimido 0,04

Diazepam 10mg/comp.sulcado Comprimido 0,08

Digoxina 0,25mg/comp. Comprimido 0,06

Dipirona 500mg/ml gts Frasco 10 ml 0,7

Doxiciclina 100mg/comp. Comprimido 0,38


Enantato de Noretisterona+Valerato de Estradiol


50mg+5mg/injetável Seringa 1 ml 1,13


Eritromicina(Estearato ou Etilsuccinato) 125mg/5ml/susp. oral Frasco 60 ml 2,3

Eritromicina(Estearato ou Etilsuccinato) 500mg/comp./cáps. Comprimido 0,54

Etinilestradiol+Levonorgestrel 0,03mg+0,15mg/comp Cartela c/ 21 cápsulas 0,42

Fenitoína 100mg/comp. compimido 0,1

Fenobarbital 100mg/comp. Comprimido 0,06

Fluconazol 100mg/rev. Cápsula 0,95

Fluconazol 150mg/rev. Cápsula 0,95

Fluoxetina 20mg/comp. Comprimido 0,06
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE.

LISTA DE PREÇO DOS MEDICAMENTOS


Fosfato de Oseltamivir 75mg/comp comprimido 0

Haloperidol 1mg/comp. Comprimido 0,08

Haloperidol 5mg/comp. Comprimido 0,12

Haloperidol 2mg/ml/sol. oral Frasco 20 ml 1,94

Ibuprofeno 300mg/comp. Comprimido 0,16

Levonorgestrel 0,75mg/comp. Comprimido 3,47

Loratadina 10mg/comp. Comprimido 0,05

Mebendazol 100mg/comp. Comprimido 0,05

Mebendazol 100mg/5ml/sup. Oral Frasco 30 ml 1,1

Metoclopramida (Cloridrato) 10mg/comp. Comprimido 0,04

Metoclopramida (Cloridrato) 4mg/ml/sol.oral Frasco 10 ml 0,75

Metronidazol 250mg/comp. Comprimido 0,1

Metronidazol 5% creme vaginal Tubo 50 gramas 2,15

Metronidazol (Benzoato) 200mg/5ml/susp. oral Frasco 100 ml 2,4

Miconazol (Nitrato) 2%/locão Frasco 30 ml 1,86

Miconazol (Nitrato) 2%/pó Frasco 30 ml 4,95

Monitrato de Isossorbida 20mg/comp. Comprimido 0,1

Neomicina (Sulfato) + Bacitracina (Zíncica) 5mg + 250ui/g/pom. Tubo 10 gramas 1,35

Neomicina (Sulfato) + Bacitracina (Zíncica) 5mg + 250ui/g/pom. Tubo 15 gramas 2,02

Nistatina 25.000 UI/crem. Vaginal Tubo 60 gramas 2,28

Nistatina 25.000 UI/crem. Vaginal Tubo 50 gramas 1,9

Nistatina 100.000 UI/ml/ susp. Oral Frasco 30 ml 3,62

Noretisterona 0,35mg/comp. Cartela c/ 35 comprimidos 0,5

Omeprazol 20mg/cáps. Cápsula 0,23

Paracetamol 500mg/comp. Comprimido 0,09

Paracetamol 200mg/ml/sol. Oral gts Frasco 10 ml 0,85

Paracetamol 200mg/ml/sol. Oral gts Frasco 15 ml 1,27

Paracetamol 100mg/ml/sol. oral gts. Frasco 10 ml 0,7

Paracetamol 100mg/ml/sol. oral gts. Frasco 15 ml 1

Prednisona 20mg/comp. Comprimido 0,18

Prednisona 5mg/comp. Comprimido 0,08

Prometazina (Cloridrato) 25mg/comp. Comprimido 0,12

Ranitidina 150mg/comp. Comprimido 0,12

Sais p/ Reidratação Oral pó p/sol. Oral Envelope 27,9 gramas 0,6

Salbutamol (Sulfato) 2mg/comp. Sulcado Comprimido 0,04

Salbutamol (Sulfato) 2mg/5ml/xpe. Frasco 120 ml 1,15

Salbutamol (Sulfato) 2mg/5ml/xpe. Frasco 125 ml 1,2

Sinvastatina 20mg/comp. Comprimido 0,38

Sulfametoxazol + Trimetoprima 400mg + 80mg/comp. Comprimido 0,08

Sulfametoxazol + Trimetoprima 200mg + 40mg/5ml/susp. Oral Frasco 50 ml 1,45

Sulfametoxazol + Trimetoprima 200mg + 40mg/5ml/susp. Oral Frasco 60 ml 1,74

Sulfametoxazol + Trimetoprima 200mg + 40mg/5ml/susp. Oral Frasco 100 ml 2,9

Sulfasalazina 500mg/comp. Comprimido 0,4

Sulfato Ferroso 40mg Fe(II)/comp. rev. Comprimido 0,04

Sulfato Ferroso 25mg/ml Fe(II)/sol. Oral Frasco 30 ml 0,75

Tiabendazol 5%/pom. Tubo 20 gramas 2,89

Valproato de Sódio 50mg/ml/xpe. Frasco 100 ml 4,05

Preservativo Masculino unidade 0,3

MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA CARTILHA

AUTISMO

MS lança cartilha para diagnóstico precoce

Documento trará indicadores que orientarão profissionais de saúde do SUS a identificar sinais do transtorno em crianças e iniciar mais cedo o acompanhamento
O Ministério da Saúde lança nesta terça-feira (02), Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Diretriz de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). A diretriz trará pela primeira vez uma tabela com indicadores do desenvolvimento infantil e sinais de alerta para que médicos do Sistema Único de Saúde possam fazer uma identificação precoce do autismo em crianças de até três anos.

Confira aqui a cartilha
“O tratamento precoce do TEA é muito importante no desenvolvimento da criança que possui autismo. Com isso é mais fácil encaminhá-la para os primeiros atendimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Além da tabela, o Ministério irá disponibilizar para os profissionais de saúde instrumentos de uso livre (sem obrigatoriedade do pagamento de direitos autorais) para o rastreamento/triagem de indicadores de desenvolvimento que possam diagnosticar o TEA.
Tratamento - Após o diagnóstico do paciente e a comunicação à família, inicia-se a fase do tratamento e da habilitação/reabilitação nos pontos de atenção da Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência. O autismo implica em alterações de linguagem e de sociabilidade que afetam diretamente – com maior ou menor intensidade – grande parte dos casos. O paciente também pode sofrer limitação de suas capacidades funcionais e nas interações sociais, o que demanda cuidados específicos e singulares de acompanhamento médico, habilitação e reabilitação ao longo das diferentes fases da vida.
“A forma de tratamento, respeitando a singularidade e a especificidade de cada paciente, é fundamental para êxito do cuidado à pessoa que sofre de autismo. Essas diretrizes estão trazendo essa possibilidade”, diz o Secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.
É exatamente o grau de intensidade do transtorno que irá definir o tratamento dos pacientes. Aqueles com menor intensidade deverão ser tratados nos Centros Especializados de Reabilitação (CER) do SUS. Hoje existem no País 22 CER em construção, 23 em habilitação e 11 convênios de qualificação para que entidades que já funcionam, passem a funcionar como CER.
Já os pacientes com uma intensidade maior do transtorno serão encaminhados para centros específicos que serão habilitados pelo Ministério da Saúde em todo País.
Os investimentos fazem parte do plano Viver Sem Limites, que apenas ano passado investiu R$ 891 milhões na saúde da pessoa com deficiência. Até 2014 a previsão é que o programa tenha investido R$ 1,4 bilhão em três anos.
A diretriz é resultado do esforço conjunto da sociedade civil e do governo brasileiro. Coordenado pelo Ministério da Saúde, um grupo de pesquisadores e especialistas e várias entidades, elaborou o material, oferecendo orientações relativas ao cuidado à saúde das Pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo, no campo da habilitação/reabilitação na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. A diretriz será distribuída em todo Sistema Único de Saúde.

Por Zeca Moreira, da Agência Saúde – ASCOM/MS
FONTE:PORTAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE.

ENTREVISTA ALYSSON MUOTRI

Cientistas brasileiros consertam 'neurônio autista' em laboratório.

Ainda falta muito para recuperar cérebro inteiro, diz pesquisador.
Estudo mostra base biológica de doença altamente estigmatizada.

O biólogo molecular e colunista do G1 Alysson Muotri e cientistas brasileiros conseguiram transformar neurônios de portadores de um tipo de autismo conhecido como Síndrome de Rett em células saudáveis. Trabalhando nos Estados Unidos, os pesquisadores mostraram, pela primeira vez, que é possível reverter os efeitos da doença no nível neuronal, porém os remédios testados no experimento, realizado em laborátorio, ainda não podem ser usados em pessoas com segurança.
 
Muotri, pós-doutor em neurociência e células-tronco no Instituto Salk de Pesquisas Biológicas (EUA) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, trabalhou com os também brasileiros Cassiano Carromeu e Carol Marchetto. O estudo sai na edição de sexta-feira (12) da revista científica internacional “Cell”.
 
Assista ao vídeo ao lado com explicações do próprio cientista.
Para analisar diferenças entre os neurônios, a equipe fez uma biópsia de pele de pacientes autistas e de pessoas sem a condição. Depois, reprogramou as células da pele em células de pluripotência induzida (iPS) – idênticas às células-tronco embrionárias, mas não extraídas de embriões. “Pluripotência” é a capacidade de toda célula-tronco de se especializar, ou diferenciar, em qualquer célula do corpo.
 
A reprogramação genética de células adultas é feita por meio da introdução de genes. Eles funcionam como um software que reformata as células, deixando-as como se fossem de um embrião. Assim, as iPS também podem dar origem a células de todos os tipos, o que inclui neurônios.
Como os genomas dessas iPS vieram tanto de portadores de autismo como de não portadores, no final o trio de cientistas obteve neurônios autistas e neurônios saudáveis.
Comparação, conserto e limitações
Comparando os dois tipos, o grupo verificou que o núcleo dos neurônios autistas e o número de “espinhas”, as ramificações que atuam nas sinapses – contato entre neurônios, onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos de uma célula para outra – é menor.
Identificados os defeitos, o trio experimentou duas drogas para “consertar” os neurônios autistas: fator de crescimento insulínico tipo 1 (IGF-1, na sigla em inglês) e gentamicina. Tanto com uma substância quanto com a outra, os neurônios autistas passaram a se comportar como se fossem normais.
 
“É possível reverter neurônios autistas para um estado normal, ou seja, o estado autista não é permanente”, diz Muotri, que escreve no blog Espiral. “Isso é fantástico, traz a esperança de que a cura é possível. Além disso, ao usamos neurônios semelhantes aos embrionários, mostramos que dá para fazer isso antes de os sintomas aparecerem.”
 
Os resultados promissores, porém, configuram o que é chamado no meio científico de “prova de princípio”. “Mostramos que a síndrome pode ser revertida. Mas reverter um cérebro inteiro, já formado, vai com certeza ser bem mais complexo do que fazer isso com neurônios numa placa de petri [recipiente usado em laboratório para o cultivo de micro-organismos]”, explica o pesquisador.
 
Entre as barreiras que impedem a aplicação prática imediata da descoberta está a incapacidade do IGF-1 de chegar ao alvo. “O fator, quando administrado via oral ou pela veia, acaba indo muito pouco ao cérebro. Existe uma barreira [hematocefálica] que protege o cérebro, filtrando ingredientes essenciais e evitando um ataque viral, por exemplo. O IGF-1 é uma molécula grande, que acaba sendo filtrada por essa barreira”, afirma Muotri. “Temos de alterar quimicamente o IGF-1 para deixá-lo mais penetrante.” Além disso, tanto o fator quanto a gentamicina são drogas não específicas, portanto causariam efeitos colaterais tóxicos se aplicadas em tratamentos com humanos.
 
'É possível reverter neurônios autistas para um estado normal, ou seja, o estado autista não é permanente', diz Alysson Muotri
 
"É possível reverter neurônio autista para um estado  normal, ou seja, o estado autista não é permanente", diz Alysson Muotri. (Foto: cortesia UC San Diego)
 
Síndrome de Rett
O foco do estudo foi a chamada Síndrome de Rett, uma doença neurológica que faz parte do leque dos autismos. “Leque” porque o autismo não é uma doença única, mas um grupo de diversas enfermidades que têm em comum duas características bastante conhecidas: deficiências no contato social e comportamento repetitivo.
 
No caso dos portadores de Rett, há um desenvolvimento normal até algo em torno de seis meses a um ano e meio de idade. Mas então começa uma regressão. Além das características autistas típicas, neste caso bem acentuadas, eles vão perdendo coordenação motora e rigidez muscular.
 
Essa síndrome foi escolhida para o trabalho de Muotri, Carromeu e Marchetto porque tem uma causa genética clara – mutações no gene MeCP2 – e porque afeta os neurônios de forma mais acentuada, facilitando comparações e verificações de reversão.
 
“Talvez a implicação mais importante desse nosso trabalho é o fato de que os neurônios derivados de pessoas com autismo mostraram alterações independentemente de outros fatores. Isso indica que o defeito foi autônomo. Por isso, esse dado deve contribuir para reduzir o estigma associado a doenças mentais”, comemora Muotri. “Você não fica autista porque sua mãe não te deu o amor necessário ou porque seus pais foram ruins.”
 
Utilidade das iPS
Lygia da Veiga Pereira, doutora em Ciências Biomédicas e chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE) da USP, saudou a pesquisa: "É mais um trabalho que mostra a enorme utilidade das células iPS, não como fonte de tecido para terapia celular, mas como modelo para pesquisa básica, para entender os mecanismos moleculares por trás de diferentes doenças que tenham forte base genética."
 
Lygia faz uma ressalva sobre as características muito específicas da Síndrome de Rett. Como a disfunção é exclusivamente associada a uma mutação genética, ficam de fora os fatores ambientais que desencadeiam o autismo.
 
Ainda segundo a especialista, os resultados obtidos por Muotri também realçam "o que brasileiros podem fazer trabalhando com infraestrutura e agilidade para conseguir reagentes, por exemplo, e interagindo com uma comunidade científica de grande massa crítica".
FONTE: PROGRAMA BEM ESTAR.

AUTISMO

Autismo não é problema 'meramente pediátrico', diz pesquisador brasileiro

Alysson Muotri trabalha nos EUA e tem importantes estudos na área.
Em visita ao Brasil, cientista deu palestra para médicos e pais de autistas.

O biólogo brasileiro Alysson Muotri, que trabalha na Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA, esteve em São Paulo nesta segunda-feira (26) para dar uma palestra a um grupo formado por pais de autistas e médicos que tratam pacientes desse tipo. O evento foi promovido pela associação Autismo e Realidade.

O laboratório de Muotri é especializado nas pesquisas sobre os transtornos do espectro autista, como é conhecido o conjunto de condições que provocam sintomas semelhantes, sobretudo a dificuldade no contato social. Em 2010, a equipe conseguiu, em laboratório, curar um neurônio que tinha a síndrome de Rett, uma das formas de autismo.

Como trabalha em laboratório, sem contato direto com pacientes, o biólogo aproveita palestras como essa para aprender sobre o outro lado do autismo. “Eu sempre tentei manter esse contato bem íntimo com os pais e com os médicos até para me educar, conhecer quais são os sintomas e os quadros clínicos. Com isso, eu vou pensando em tipos de ensaios celulares que eu consigo fazer a nível molecular”, disse o pesquisador.

O biólogo Alysson Muotri, em palestra para médicos e pais de autistas (Foto: Tadeu Meniconi / G1)
O biólogo Alysson Muotri, em palestra para médicos e pais de autistas (Foto: Tadeu Meniconi / G1)
 
Nos EUA, a relação com associações filantrópicas é ainda maior. Segundo ele, as doações que provêm de grupos como esse constituem “uma fonte importante de renda para a pesquisa”. “O Brasil não tem essa cultura”, contrapôs.

Segundo Muotri, investir na cura do autismo vale a pena não só pelas melhorias na vida dos pacientes, mas também pelo retorno econômico em longo prazo. Ele calculou que, ao longo da vida, um autista custa US$ 3,2 milhões, e ressaltou que cerca de 1% das crianças norte-americanas têm a disfunção – não há registro estatístico para o Brasil.

“As pessoas se enganam de achar que esse é um problema meramente pediátrico. As crianças vão crescer, vão ficar adultas e muitas delas vão ficar dependentes, dependentes de alguém. Nos EUA, a dependência é do estado”, argumentou o pesquisador, que é colunista do G1.

O autismo
A genética por trás do autismo é complexa. Afinal, não se trata de uma doença, mas de várias síndromes. “A forma de herança é difícil de explicar. Não é um gene que passa de pai para filho. São 300 genes, há uma interação entre eles, se misturam a cada vez que isso é passado para uma geração”, explicou Muotri.
 
Por isso, quando pensa num potencial medicamento que possa levar à cura do autismo, o pesquisador deixa de lado a causa genética e prioriza o funcionamento dos neurônios. Nos autistas, a sinapse – ativação das redes neurais – não funciona da mesma maneira. A comunicação entre as células nervosas é menor e os transtornos são consequência disso.

No momento, sua equipe está procurando um remédio que possa melhorar esse funcionamento. Para isso, estão fazendo testes com microorganismos que vivem no fundo do mar, cuja composição química ajuda na interação com os neurônios. Outra opção são medicamentos feitos no passado para tratar outras doenças e não funcionaram, mas que podem dar certo nesse caso; a vantagem é que eles já têm aprovação prévia dos órgãos regulamentadores dos EUA.

Achar a substância certa é difícil, pois Muotri definiu o método de procura como “totalmente tentativa e erro”. “O que a gente chama de drogas candidatas são as que a gente já sabe que atuam na sinapse, mas elas podem não funcionar. Quanto mais a gente testar, melhor, aumenta a chance de a gente encontrar alguma coisa”, contou.

O autismo hoje não tem cura. Porém, em 5% dos casos, quando o diagnóstico é rápido e a variação é mais branda, as crianças conseguem eliminar a síndrome com acompanhamento psiquiátrico.

FONTE:PROGRAMA BEM ESTAR.

CRIANÇAS COM AUTISMO TÊM MAIS NEURÔNIOS.

Crianças com autismo têm mais neurônios do que a média, diz estudo.

Cérebro também é mais pesado do que o normal.
Pesquisa é preliminar, mas indica um caminho para novos estudos.

Crianças com autismo têm mais neurônios e um cérebro mais pesado do que a média, aponta uma pesquisa publicada pela "JAMA", revista da Associação Médica Norte-americana. Foi um estudo pequeno e preliminar, mas a diferença encontrada é significativa.

Em média, os autistas têm 67% mais neurônios do que as outras crianças no córtex pré-frontal. Essa região do cérebro está ligada ao desenvolvimento social, emocional, comunicativo e cognitivo, áreas comprometidas pelas doenças do espectro autista.
 
“Portanto, o conhecimento da base neural do crescimento exagerado do cérebro poderia apontar os mecanismos que causam o autismo e esclarecer as falhas funcionais neurais que dão origem aos sintomas”, afirma o artigo assinado por Eric Courchesne, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA.

O estudo foi feito com cérebros de cadáveres de meninos com entre dois e 16 anos. Dos 13 indivíduos selecionados, sete eram autistas e outros seis não – o chamado grupo controle. Os anatomistas fizeram a análise e apresentaram os resultados com a quantidade de neurônios e tamanho dos cérebros sem saber o diagnóstico de cada um.

Além do número de neurônios, a massa do cérebro também mostrou uma grande diferença. Segundo os dados obtidos, o cérebro dos autistas é 17,6% mais pesado que a média geral. Entre os membros do grupo controle, a diferença é de apenas 0,2%.

“Nossa amostra de crianças autistas não foi grande o bastante para estudar estatisticamente a relação entre cérebro e comportamento. Futuros estudos com muito mais casos podem revelar relações importantes entre a contagem de neurônios e a severidade dos sintomas”, escreve o Courchesne.
Segundo os autores, esse é o primeiro estudo que testa quantitativamente a teoria de que o excesso de neurônios está ligado ao autismo.

FONTE:http://glo.bo/umGD3O

MENINOS COM AUTISMO DEGENERATIVO TÊM CÉREBRO MAIORES.

Meninos com autismo degenerativo têm cérebros maiores, diz pesquisa.

Sintomas aparecem com pouco tempo de vida.
Tipos de autismo diferentes teriam mecanismos diferentes.

Os meninos que perdem, repentinamente, as habilidades de linguagem e socialização por sofrer de um tipo de autismo degenerativo, apresentam um crescimento anormal do cérebro a partir dos quatro meses de idade, revelou um estudo americano publicado esta segunda-feira (28).
Os cérebros dos meninos que sofrem de autismo degenerativo são 6% maiores do que os cérebros dos saudáveis e dos que sofrem de outro tipo de autismo, cujos sintomas se apresentam na mais tenra idade.   

 
O estudo, do qual participaram 180 indivíduos, e foi descrito como "a maior pesquisa sobre o desenvolvimento do cérebro em meninos pré-escolares com autismo" feito até agora não revelou nenhum crescimento anormal no cérebro das meninas que sofrem de autismo.
 
O estudo traz mais dados "à evidência crescente de que há tipos biológicos diferentes de autismo, (que apresentam) mecanismos neurobiológicos diferentes", assegurou David Amaral, co-autor do estudo e diretor do projeto do Instituto MIND, da Universidade da Califórnia (sudoeste).
 
O autismo, que afeta quatro vezes mais os meninos do que as meninas, inlcui uma ampla gama de transtornos do desenvolvimento que podem variar de uma leve dificuldade de socialização até a completa incapacidade de comunicação, movimentos repetitivos, hipersensibilidade para certas luzes e sons e problemas de comportamento.
 
Estudos anteriores sugeriam que os sintomas clínicos do autismo tendem a coincidir com um crescimento anormal do cérebro e da cabeça que se apresenta entre o nono e o décimo oitavo mês de vida.
 
No entanto, este estudo, publicado na edição de 29 de novembro da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), "descobriu que o meninos com autismo degenerativo mostram uma forma de neuropatia diferente (neste caso, o tamanho diferente do cérebro) com relação aos meninos diagnosticados com autismo desde o início de suas vidas", disse a principal autora da pesquisa, Christine Wu Nordahl, estudiosa do Instituto MIND.
 
"Além disso, quando avaliamos as meninas com autismo, encontramos que nenhuma delas apresentou crescimento anormal do cérebro", sem importar o tipo de autismo do qual sofriam.
FONTE:http://glo.bo/tmBoGO

DOENÇA DO ESPECTRO AUTISTA.

Autismo pode ser apenas sintoma de uma síndrome mais grave.

Dificuldades na fala e na interação social têm várias origens diferentes.
Para especialistas, termo “doenças do espectro autista” é mais abrangente.

Dificuldades para aprender a falar, problemas de interação social e movimentos repetitivos sem nenhum motivo aparente são os sintomas mais conhecidos do autismo. Mas essa condição não é uma doença por si só, pode ter várias origens diferentes, e pode ser apenas o indício de uma síndrome mais complexa.
 
Além disso, há vários graus diferentes do problema, e por isso os especialistas preferem o termo “doenças do espectro autista”. “Inclui desde a forma clássica, a criança isolada que não comunica e não fala, mas tem as formas mais leves”, explicou Maria Rita dos Passos Bueno, que pesquisa a genética do autismo no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).

Maria Rita dos Passos Bueno durante palestra em São Carlos (SP). (Foto: Tadeu Meniconi / G1)
 
Maria Rita dos Passos Bueno durante palestra em São Carlos (SP). (Foto: Tadeu Meniconi / G1)
A síndrome de Asperger é uma dessas formas mais leves, uma das doenças menos graves do espectro. As crianças aprendem a falar na idade normal, mas têm problemas para se integrar à sociedade. Porém, mesmo dentro do grupo dos que têm essa mesma doença, há diferentes níveis de isolamento.
 
“Existem alguns que conseguem romper essa dificuldade e se adaptam, e tem outros em que não têm o que se fazer, não se adaptam nunca”, relatou a pesquisadora.
Bueno cita também algumas doenças complexas que têm o autismo como mais uma das consequências causadas. A síndrome de Rett provoca, além do autismo, dificuldades motoras que podem até levar à necessidade da cadeira de rodas.
 
 
Já a síndrome do X frágil pode provocar autismo, mas tem como característica mais grave o retardo mental. Além disso, traz alterações no tamanho dos testículos, das orelhas e mudança no formato do rosto, que fica mais alongado.
“Essas crianças têm um monte de outras coisas além de autismo, o autismo é como se fosse um sintoma de um quadro mais complexo”, conclui a cientista.

Autismo clássico
No entanto, há também muitos casos de autismo que não vêm acompanhados dessas outras doenças. Nesses casos, o autismo é o problema em si a ser tratado. “É como se não tivesse sinal clínico suficiente para você dizer que é uma síndrome. Esses pacientes entram no bolo das doenças do espectro autista”, diz Bueno.

“Nesse caso, o maior problema é o problema de comportamento que a criança tem, e não tem nada alterado: cara normal, tamanho normal, tudo normal, é uma criança normal, exceto no comportamento”, acrescenta.

Estudo genéticos já levaram os cientistas a encontrar pelo menos cem mutações genéticas diferentes que podem provocar o comportamento autista. Além disso, pode haver casos em que duas ou mais mutações se somam. Por tudo isso, é difícil identificar e combater o problema.

Tratamento
“É fato que o autismo, quanto antes identificado e tratado, melhor o prognóstico e melhor a inserção social. Agora, é claro que isso não significa que todos os casos terão um ótimo prognóstico mesmo tratados em idade bem prematura”, explica a psicóloga Cíntia Guilhardi, doutora pela USP, que trabalha com crianças autistas no Grupo Gradual.

A idade ideal para o início do tratamento, segundo a especialista, é antes dos três anos de idade. “Quanto antes a gente trata, menos comportamentos do espectro estão instalados no repertório da criança e mais chances de ampliar a variedade de comportamentos dela”, completa.
O tratamento dessas crianças é feito não só com psicólogas nas clínicas, mas também com o uso de medicamentos.

As duas especialistas participam do ESPCA Autism, um congresso internacional para o estudo do autismo organizado em São Carlos (SP).
FONTE: PROGRAMA BEM ESTAR.

AUTISMO

Falta de sociabilidade de autistas está ligada a alteração genética.

Dados foram comparados aos de síndrome que é 'oposto' do autismo. Pesquisa de brasileiros está em fase de confirmação

Uma pesquisa brasileira identificou uma alteração genética que pode ser a responsável pela dificuldade que os autistas têm na interação social. O conhecimento mais detalhado do mecanismo genético do problema leva à esperança de novos tratamentos no futuro.
 
As equipes de Alysson Muotri, brasileiro que trabalha na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA, e Maria Rita dos Passos Bueno, na Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma translocação, um tipo de anomalia no material genético.
 
Parte dos genes que normalmente ficam no cromossomo 3 trocam de lugar com os do cromossomo 11. Nos casos estudados, essa mudança acontece tanto com os portadores da síndrome de Rett – que é provocada por uma mutação em um gene específico e traz outros sintomas, como danos às funções motoras – quanto nos que têm autismo clássico – uma forma em que as crianças têm dificuldades de socialização, mas não há uma mutação genética definida que o cause.
 
“Como a gente vê que [as alterações genéticas] estão tanto na síndrome de Rett quanto no autismo clássico, possivelmente essas alterações não estão envolvidas com a parte motora, mas estão envolvidas com a parte social e de linguagem”, explicou Alysson Muotri, que também é colunista do G1.
 
Tanto a síndrome de Rett quanto o autismo clássico fazem parte das doenças do espectro autista. São vários males diferentes que provocam dificuldades no aprendizado da linguagem e da interação social, que variam em relação à intensidade, entre outros fatores.
 
Síndrome de Williams
Para confirmar a descoberta, os pesquisadores estão comparando os autistas a portadores da síndrome de Williams. Esse distúrbio é, de certa forma, o contrário do autismo, pois os pacientes são pessoas “supersociais”.
“Tem alguma coisa no cérebro deles que os atrai aos estranhos. É o grande problema social que eles têm, porque são fáceis de enganar e acabam se metendo em encrenca”, resumiu Muotri, sobre a síndrome de Williams.
 
Os dados iniciais mostram que as síndromes são opostas também na genética. “A síndrome de Williams é uma deleção que remove tipo 25 genes do genoma; se você duplica essa região, você tem o autismo, se você tira essa região, tem síndrome de Williams”, afirmou.
Os dados apresentados no congresso “Avanços na Pesquisa e no Tratamento do Comportamento Autista”, da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) ainda são preliminares.
Muotri disse que a pesquisa está em fase de confirmação antes de ser publicada em alguma revista científica. “A gente fez com alguns pacientes e tem que fazer com mais alguns para ter mais certeza”, contou.
FONTE: PROGRAMA BEM ESTAR.

O USO EXAGERADO DE CELULARES E COMPUTADORES PODE TRAZER RISCOS PARA A SAÚDE?

Passar muito tempo na internet pode trazer riscos para a saúde?

Uso exagerado de celulares e computadores pode afetar qualidade de vida.
Passar muito tempo online pode afetar a visão e causar lesões nas mãos.

Hoje em dia, é muito comum encontrar pessoas que passam o dia inteiro conectadas, seja no celular ou no computador.
Porém, o uso exagerado dessas novas tecnologias é um problema preocupante, principalmente no caso das crianças, e pode trazer riscos à saúde, para a visão, braços e mãos, e até prejudicar a qualidade de vida e os relacionamentos com outras pessoas, como alertaram a pediatra Ana Escobar e o psicólogo Cristiano Nabuco no Bem Estar desta quinta-feira (7).
De acordo com a pediatra, não existe uma idade considerada certa para dar os aparelhos tecnológicos para as crianças - o problema não é a idade, mas o tempo que elas permanecem contectadas. Estudos sugerem que o ideal seria que os pequenos usassem tecnologia apenas por duas horas diárias, para que eles pudessem usar o resto do dia para realizar outras atividades.
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Geralmente, quem é viciado em tecnologia e internet tem outro problema associado, como obesidade, depressão, fobia social e também lesões por esforços repetitivos por causa dos movimentos no computador.
Para conviver bem com a tecnologia, o psicólogo Cristiano Nabuco recomenda que o computador da família fique em um local de passagem da casa, principalmente para os pais conseguirem monitorar os sites que as crianças acessam.
De acordo com o médico, o hábito dos pais também é importante já que são eles que dão o exemplo para os filhos. Por isso, pequenas atitudes como não levar o celular para a mesa de jantar ou, se for o caso, virar a tela do telefone para baixo na mesa podem preservar o encontro da família e não afetar a convivência e o relacionamento entre cada um.
 

Além de prejudicar a qualidade de vida, o uso exagerado também pode trazer riscos para a saúde, principalmente para a visão. Um estudo realizado pelo National Eye Institute e publicado na edição de dezembro de 2009 no Archives of Ophthalmology concluiu que a prevalência de miopia entre as crianças americanas aumentou de 25% para 41,6% ao longo dos últimos 30 anos, um aumento de mais de 66%. De acordo com a pesquisa, parte desse aumento é creditada ao uso das novas tecnologias.
Por isso, se a pessoa começar a sentir dor de cabeça, ficar com os olhos secos, vermelhos, lacrimejantes ou com sensação de areia, com vontade de piscar mais, pode ser um sinal de alerta de que o computador ou o celular já começaram a afetar a visão. Fora isso, a necessidade de aumentar o grau dos óculos e a sensação de que a lente de contato está incomodando também são resultados desse uso.


Além de diminuir o uso dos aparelhos, há outras atitudes que podem ajudar a evitar esses transtornos. Por exemplo, usar o computador com o brilho baixo em um ambiente escuro, afastar focos de luz dos olhos, afastar o ar-condicionado ou ventilador do rosto, manter os aplicativos abaixo da linha dos olhos e também fazer pausas de 1 a 5 minutos a cada hora – levantar e caminhar é uma boa opção para estimular a circulação.
As pausas também são importantes para prevenir problemas graves com as articulações, como alertou a terapeuta ocupacional Mariana Nicolosi. Nesse caso, parar 10 minutos a cada hora para descansar e alongar as mãos é ideal porque esse é o tempo para o corpo relaxar e se recuperar. Se a pessoa já tiver alguma dor, a recomendação é utilizar gelo, órteses ou também fazer uma automassagem - nunca utilizar bolinhas para apertar porque elas podem piorar ainda mais a lesão. Veja abaixo algumas das lesões que podem aparecer pelo uso excessivo de aparelhos tecnológicos:
 

Tendinite do polegar (lesão dos celulares): acontece principalmente com quem usa celular do tipo 'touch-screen', onde se usa mais o polegar para digitar. Geralmente, essa lesão causa uma dor na articulação da base do polegar. A dica é segurar o celular com apenas uma das mãos e digitar com o indicador.
Tendinite de punho (lesão dos teclados e mouse): mais comum com quem usam muito notebook ou computador. A dica da terapeuta é levar o braço inteiro na hora de alcançar teclas mais distantes para preservar as articulações.
Dedo em gatilho (lesão do videogame): quem joga muito pode ter uma inflamação no tendão flexor do polegar, um problema grave que pode até precisar de cirurgia para ser resolvido. Para evitar, é importante variar os tipos de movimento para preservar os tendões.


Tendinite dos dedos (lesão dos tablets): como esses aparelhos são pequenos, as pessoas acabam usando os mesmos dedos para manuseá-los, o que sobrecarrega os membros. Apoiar o tablet em uma mesa na hora de usá-lo pode ser o início de uma mudança de postura que pode prevenir esse problema futuramente.
FONTE: PROGRAMA BEM ESTAR.

SOLIDÃO E MAL DE ALZHEIMER

Solidão tem relação com mal de Alzheimer, sugere estudo.

Relação diz respeito ao sentimento de solidão, e não ao fato de estar só.
Pesquisa foi feita com grupo de idosos na Holanda.

A relação, segundo os autores, diz respeito ao sentimento de solidão, e não ao fato de estar sozinho por si só. Eles acreditam que a solidão seja um fator que cause à perda de memória e de raciocínio, mas não descartam que o caminho seja o contrário – ou seja, que a redução na capacidade do cérebro leve a pessoa a se retirar.
A equipe de Tjalling Jan Holwerda, da Universidade VU, de Amsterdã, acompanhou mais de 2 mil idosos ao longo de três anos. No início do estudo, esses idosos não tinham nenhum sinal de demência e responderam sobre seu nível de solidão – se viviam sozinhos, se já tinham sido casados e se sentiam solitários.
No final, os pesquisadores conferiram quantos idosos tinham desenvolvido demência. A diferença de casos da doença no cérebro nas pessoas que se sentiam solitárias em relação às que não se sentiam assim foi significativa: 13,4% dos solitários apresentaram sinais de demência, contra 5,7% do outro grupo.
O resultado publicado pela revista “Journal of Neurology Neurosurgery and Psychiatry” abre uma nova possibilidade para o estudo e o diagnóstico do mal de Alzheimer. Outros elementos anteriormente reconhecidos como fatores de risco para a doença são a idade avançada, a depressão, a carga genética e outros problemas de saúde acumulados.

ALZHEIMER

Médicos europeus propõem melhor assistência a doentes com Alzheimer

Doenças degenerativas atingem 6,36 milhões acima de 65 anos na Europa.
Problema também afeta diretamente 20 milhões de assistentes familiares.

Alzheimer é uma doença cada vez mais comum em idosos (Foto: Reuters/BBC)
Alzheimer é uma doença degenerativa cada vez  mais comum em idosos (Foto: Reuters/BBC)
Um diagnóstico mais precoce, menos medicamentos psiquiátricos e maior ajuda familiar são as propostas de especialistas europeus reunidos em Paris para discutir o mal de Alzheimer e outras doenças degenerativas.
As enfermidades neurodegenerativas, para as quais não há cura até o momento, atingem 6,36 milhões de pessoas com mais de 65 anos na Europa. E o número total pode ultrapassar 10 milhões de pacientes em 2040, segundo estimativas apresentadas nesta quinta-feira (28) por Nicola Vanacore, do Instituto Superior de Saúde da Itália. O problema também afeta diretamente 20 milhões de assistentes familiares, conhecidos como cuidadores.
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"Esses transtornos são a primeira causa de depressão dos assistentes", destacou Armelle Laperre-Desplanques, coordenadora do projeto europeu de cooperação sobre o mal de Alzheimer, chamado Alcove (Alzheimer Cooperative Valuation in Europe) e lançado em 2011 pela Comissão Europeia.
A iniciativa, da qual participam 19 países da União Europeia (UE), é coordenada pela Alta Autoridade de Saúde da França, um organismo independente cujo papel é favorecer as boas práticas na medicina.
A entidade emitiu uma série de recomendações para melhorar o tratamento do Alzheimer no continente europeu. Entre as sugestões, está limitar a "superexposição" dos pacientes aos medicamentos neurolépticos (antipsicóticos usados para tratar sintomas como alucinações e delírios), com taxas que vão de 25% a 60%, segundo os países europeus estudados.
Para diminuir esses tratamentos, que podem ser nocivos para os pacientes, o projeto Alcove recomenda enfoques que deixam de lado a farmacologia e dão ênfase a um maior acompanhamento das pessoas responsáveis pela ajuda familiar.
"Não há receita milagrosa", admitiu a médica finlandesa Harriet Fine Soveri, que coordenou os trabalhos do Alcove dedicados à assistência para transtornos de comportamento.
Consultada sobre os enfoques não farmacológicos, a médica afirmou que "tudo depende da situação".
"Se o transtorno está relacionado à dor, é preciso tratar a dor. Se, ao contrário, se trata de uma perda de referências, é preciso educar os assistentes para avaliar as necessidades do paciente", explicou.
O mal de Alzheimer, assim como outras demências senis, afeta sobretudo as pessoas com idade avançada. Provoca perda de memória, declínio das funções cerebrais e alteração da personalidade. Na França, esses males atingem 875 mil pessoas e na Itália, 950 mil, segundo estimativas de Nicola Vanacore, que, baseando-se nos estudos mais recentes, avalia a prevalência dessas doenças em 7,2% entre os indivíduos acima de 65 anos.
O projeto Alcove estuda também o diagnóstico da doença. "Só a metade dos casos é diagnosticada e muitos, tardiamente", afirmou Armelle, destacando que a doença deveria ser diagnosticada assim que aparecem os primeiros sintomas de perda de memória.
Um diagnóstico precoce permite que os assistentes familiares busquem as informações necessárias para acompanhar os doentes e, assim, retardem o ingresso dos pacientes em uma instituição, acrescentou a coordenadora do Alcove.
FONTE: PROGRAMA BEM ESTAR.

IOGA E A CONSCIÊNCIA CORPORAL

Ioga trabalha consciência corporal, flexibilidade, resistência e respiração

Prática milenar indiana também ajuda a promover o autoconhecimento.
Veja exercícios contra dor, estresse no trânsito e em situações de desafio.



Existem várias correntes distintas de ioga, mas todas trabalham a consciência corporal, o autoconhecimento, a flexibilidade, a resistência e a respiração. Algumas linhas são mais suaves, voltadas para a meditação e a recitação de mantras, enquanto outras se baseiam na chamada “power ioga”, que inclui movimentos intensos.
Não importa qual seja a vertente, essa prática milenar indiana funciona como uma grande ferramenta para promover bem-estar e pode ser incluída em situações simples do dia a dia.
A palavra ioga original vem do sânscrito “yoga” (pronuncia-se iôga) e significa união, em referência ao equilíbrio entre o corpo, a mente e a essência do homem, de acordo com a professora Meg Caballero.
Ioga 1 (Foto: Arte/G1)


Esses exercícios podem servir também para aumentar a capacidade do pulmão em até um litro de ar, como destacou o pneumologista Rafael Stelmach.

Não há pré-requisito para praticar ioga: o mais importante é estar concentrado e envolvido com esse momento, para que os resultados possam aparecer.
Uma das ferramentas muito usadas pelos praticantes é o “mat”, uma espécie de tapetinho antiderrapante que custa entre R$ 50 a R$ 90 e pode ser encontrado em lojas de artigos esportivos. No lugar do mat, você pode usar um tapetinho comum ou um colchonete de abdominal. Para complementar a atividade, também podem ser utilizados faixas e blocos de plástico EVA (acetato de etileno vinil).
Ioga 2 (Foto: Arte/G1)
 

FLEXIBILIDADE E A CONSCIÊNCIA CORPORAL

Alongar os músculos melhora a
flexibilidade e a consciência corporal

Quem é sedentário ou passa muito tempo sentado precisa se esticar.
Exercício amplia os movimentos, diminui dores e até previne lesões.

Uma pessoa que passa muito tempo sentada durante o dia e faz pouca ou nenhuma atividade física precisa se alongar. Esticar os músculos ajuda a aumentar a flexibilidade e a consciência corporal.
Segundo o médico do esporte Gustavo Maglioca e o preparador físico José Rubens D'Elia, o alongamento diminui dores, amplia os movimentos e previne lesões. Mas é preciso praticar sempre, pois, em um mês de sedentarismo, já ocorre uma diminuição da elasticidade e da capacidade muscular.
aLONGAMENTO (Foto: Arte/G1)
 
 
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Um indivíduo que toca a palma da mão no chão, com as pernas esticadas, se ficar parado por quatro semanas pode passar a tocar apenas a pontinha dos dedos, caso não alongue a parte posterior da coxa.
Os músculos são capazes de se alongar até a metade do tamanho, ou seja, ficar uma vez e meia mais compridos que o normal. Mas isso também depende de uma série de fatores, como genética, elasticidade natural e amplitude articular de cada região do corpo.
O músculo posterior da coxa pode ser alongado com uma espécie de régua, mas também ao deitar no chão, encostado na parede e com o bumbum próximo ao batente da porta.
É preciso erguer a perna paralelamente à parede, e o objetivo é deixar o membro em um ângulo de 90 graus em relação ao chão. Se não conseguir, é porque você está precisando muito alongar essa musculatura.


Se for uma pessoa sedentária, faça alongamentos mais suaves, sem forçar muito. Respeite sempre os seus limites e incremente seu treino aos poucos, para evitar sobrecargas e problemas mais sérios.
D'Elia recomendou fazer um aquecimento antes do exercício físico e um alongamento de 30 ou 40 minutos depois de 3h a 4h da atividade.


Os apresentadores e a faxineira Angelita Barbosa se alongaram antes e depois do programa. Veja como eles se saíram:
- Mariana: já conseguia encostar as mãos nos pés, com as pernas esticadas. No exercício dos braços, deixava uma distância de 8 cm entre uma mão e outra. Depois do alongamento, baixou para 1 cm.
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Fernando: deixava uma distância de 20 cm entre os braços e os pés ao tentar tocar o chão com as pernas esticadas. Depois do exercício, diminuiu para 17 cm. Na atividade dos braços, reduziu o intervalo de 11 cm para 8 cm.
- Angelita: mantinha uma distância de 13 cm entre as mãos e os pés. Esse número depois baixou para 12 cm. No caso dos braços, a distância era de 15 cm e não se alterou, mesmo com a sessão de alongamento.
 Fonte:Programa Bem Estar.

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